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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
O trabalho dos profissionais envolvidos na vacinação não termina logo após a aplicação das doses no braço das pessoas. Há, ainda, uma série de dados sobre cada imunizado que precisa ser enviada ao sistema do Ministério da Saúde, para haver o controle. Até agora, esse processo todo era feito manualmente: os voluntários, na hora da triagem, anotavam todos os dados da população em planilhas impressas e, depois, uma equipe era responsável por digitar todas informações no sistema. O processo manual era um dos fatores na demora de atualização de dados. Usado pela primeira vez na ação desta terça-feira, um novo aplicativo desenvolvido em parceria com a UFSM chegou para deixar tudo mais fácil.
O "Vacina SM" coleta dados como o tipo de vacina aplicada, o lote, se é dose única ou não e os dados pessoais do público. No final do cadastro, a pessoa faz uma assinatura digital direto no smartphone. Nesta ação, foram 14 celulares utilizados.
- O que fazíamos antes em duas etapas, agora conseguimos fazer em uma. Como temos problemas de conexão em alguns lugares, o aplicativo não envia os dados diretamente para o sistema. Mas, logo em seguida, quando conectamos internet, é possível fazer o envio dos dados - explica o servidor da Secretaria de Saúde e um dos envolvidos no projeto, Élton Jacobi.
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O projeto está sendo desenvolvido desde maio por pesquisadores da UFSM. Conforme a professora Andrea Charão, do Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação, o app ainda deve passar por ajustes pontuais à medida em que falhas e atualizações forem identificadas.
- A ideia foi fazer algo simples, de uso fácil e que ajudasse na agilidade de todo o processo. A ação desta quarta é o nosso primeiro grande teste, em uma ação para muitas pessoas. Percebemos que o resultado foi bem positivo - afirma Andrea.
PROBLEMAS DE REGISTRO
Desde o início da vacinação, os dados de Santa Maria estão com defasagem no sistema que repassa as informações ao governo do Estado e Ministério da Saúde. Conforme os dados desses sistemas, a prefeitura teria aplicado 175.600 imunizantes, sendo 128.298 de primeira dose, 42.573 de segunda dose e 4.729 de aplicação única. Só que no vacinômetro do site da prefeitura, o total de vacinas já aplicadas é de 201.269, contabilizando 144.175 de primeira dose, 52.413 de segunda dose e 4.681 de vacina única.
- A ideia é que, com o aplicativo, a gente consiga fazer o cadastro no sistema do Ministério de Saúde com mais rapidez. O prazo dado pelo Ministério é que as prefeituras preencham as informações até 48 horas após as ações. Nós não estávamos conseguindo fazer isso. Agora, nossa expectativa é que isso seja possível - explica Jacobi.
O índice de moradores imunizados é um dos indicadores levados em conta pelo sistema dos 3 As do governo do Estado, que analisa o avanço da pandemia. Durante as seis semanas em que Santa Maria ficou em alerta, um dos fatores decisivos para a situação, mencionado nos relatórios, foi o atraso na cobertura vacinal em relação a outras regiões. Como o atraso era só da colocação dos dados no sistema, conforme a prefeitura, uma das medidas adotadas no plano de ação era o comprometimento de atualizar das informações.